É a segunda vez que uma empresa global do setor admite manipulação contábil em dois meses. Em janeiro, o presidente do conselho da Satyam Computer Services, admitiu cometer uma fraude de US$ 1 bilhão.
A Epson, fabricante japonesa de equipamentos eletrônicos, como impressoras e projetores de imagens, anunciou ontem os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2008 com uma surpresa: diretores nas subsidiárias do Brasil e do México manipularam os balanços, provocando perdas de US$ 45,2 milhões, sendo US$ 13,4 milhões no ano em exercício e o restante (US$ 31,8 milhões) nos nove anos anteriores.
Uma equipe de investigação do escritório da Epson nos EUA afirmou que o "incidente" foi causado por um erro na hora de ajustar os diferentes padrões contábeis do Brasil e dos EUA. Mas o mesmo comunicado afirma que os executivos brasileiros devem ter tentado "cobrir suas posições", um jargão que no mercado significa "disfarçar perdas".
Entre os motivos alegados pela matriz japonesa estão a fragilidade do mercado de tecnologia na América Latina, a falta de controle da contabilidade pelos presidentes das subsidiárias e até a diferença geográfica e de cultura dos países.
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