segunda-feira, abril 24, 2006

Orkut: Google EUA explica crimes

Advogados da matriz da empresa virão ao País para reunião com MPF
RODRIGO MARTINS
Advogados da matriz do Google - nos EUA - virão ao Brasil no mês que vem para discutir com o Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo os crimes que estão sendo cometidos dentro da comunidade virtual Orkut - de propriedade da companhia norte-americana.

A reunião, segundo o MPF, está marcada para o dia 16 de maio, às 14 horas. "Foi o Google que escolheu a data", diz a procuradora Thamea Valiengo. "Há duas semanas, eles enviaram uma carta nos avisando. O documento, no entanto, não dizia se a empresa iria colaborar com as investigações dos crimes ou não."

A "boa vontade" do Google em conversar com as autoridades brasileiras, entretanto, não foi espontânea. Em março deste ano, o diretor da filial brasileira da companhia, Alexandre Hohagen, foi intimado pelo MPF a explicar as medidas que a empresa estava tomando para coibir as práticas ilegais no Orkut.

A intimação foi feita com base em um relatório de 150 páginas feito pela ONG Safernet. O documento apontava a ocorrência, no site, de crimes como pedofilia, racismo e xenofobia.

Na ocasião, Hohagen, do Google Brasil, alegou não ter poder de decisão sobre o Orkut, já que, segundo ele, "o escritório no Brasil possui a única função de vender e de fazer o negócio crescer", declarou ele ao Estado no dia.

Na época, foi apresentado a Hohagen um termo de cooperação que já foi assinado por provedores como UOL, Terra, Yahoo! e Microsoft. Caso assinasse o documento, o Google se comprometeria a, sob ordem judicial, fornecer informações que auxiliassem o MPF a encontrar os suspeitos, já que muitos criminosos usam perfis falsos.

Hohagen, então, disse que conversaria com a matriz do Google nos EUA, pois "não tinha poderes para tomar essa decisão." E é justamente essa decisão que o MPF espera do Google na reunião que ocorrerá no mês que vem.

"É o prazo final para o Google", diz a procuradora Thamea. "Se eles, por acaso, faltarem à reunião, iremos acionar criminalmente o diretor da filial brasileira da empresa, o Alexandre Hohagen." Isso porque, segundo ela, "se uma empresa está no País, ela tem que responder pelos crimes que estão ocorrendo aqui."

A procuradora, entretanto, não acha que essa medida extrema será necessária. "Acho que eles irão colaborar. Se não, ninguém mais vai querer ser diretor da filial brasileira. Quem quer trabalhar em um lugar em que se corre o risco de ir para a cadeia?"

Mesmo aguardando a reunião, o MPF já começou a enviar à Justiça pedidos de quebra de dados de suspeitos. Até agora, já foram concedidas ordens judiciais para a quebra de sigilo de oito perfis. "O Google do Brasil se negou a passar a informação, alegando, de novo, que não tinha gerência sobre o Orkut. Mas vamos aguardar a reunião antes de tomar qualquer medida."

O Google não quis se pronunciar sobre o assunto. Contudo, o assessor de Imprensa da empresa, Paulino Comunale, confirmou a reunião em maio, mas não informou a data exata.

-----------------------------
"Quem quer trabalhar em um lugar em que se corre o risco de ir para a cadeia?" - a rigor todos estão sujeitos à isso, sendo Google ou não...

Estudante vai processar Orkut

Universitária que teve fotos eróticas divulgadas na web diz que imagens foram montadas

Chico Siqueira

Em sua primeira entrevista à imprensa, a universitária Francine Simone Favoretto de Resende, de 20 anos, disse que pretende processar os responsáveis pelo site de relacionamentos Orkut pela divulgação em massa de fotografias em que ela aparece fazendo sexo com dois rapazes. Francine garantiu que as fotos são montagens e culpa o site pela situação constrangedora que está vivendo. Apenas entre os dias 10 e 11, ela e o ex-namorado receberam mais de 7 mil mensagens ofensivas pela internet.

-------------------------------------------------

Primeiramente, se as fotos divulgadas são montagens os "montadores" são verdadeiros artistas. E nannet existem realmente diversos deles. Segundamente, processar o Orkut pela divulgação das fotos é o mesmo que processar a Tetrapack por fornecer leite estragado ou processar o fabricante da caixinha de papel das batatas de fast-food pelo aumento de colesterol da população...

quarta-feira, abril 12, 2006

Philips ao pé do ouvido

Eis o novo produto de exportação da filial brasileira: um programa que incentiva os fucionários a denunciar qualquer delito interno

 
Por joaquim castanheira

"Corrupção e suborno. Faça a coisa certa. Um ambiente de trabalho saudável e ético também é de sua responsabilidade. Não deixe que um prejudique todos.” Numa era marcada por CPIs, mensalões e recursos não contabilizados, um cartaz com essa mensagem poderia ser fixado nas divisórias de uma repartição pública ou em gabinetes do Congresso Nacional. Mas não. O aviso decora paredes de fábricas e escritórios da Philips, a gigante holandesa dos eletroeletrônicos. Trata-se da peça central do One Philips Ethics Line, um programa que incentiva a denúncia de fraudes, assédio sexual, roubos ou qualquer prática que fira o código de ética da organização. “Não buscamos apenas uma atitude punitiva. Queremos também corrigir possíveis brechas ou omissões nas políticas e regulamentos internos”, afirma Ricardo Turra, principal executivo de auditoria da divisão Medical Systems no mundo.

Problemas desse tipo ocorrem em qualquer organização de qualquer parte do planeta. A maioria prefere fechar os olhos. Quando tentam enfrentá-lo, esbarram no próprio medo de uma possível repercussão pública. Com o Ethics Line, a Philips quebra o tabu. Espécime raro no universo empresarial, o programa nasceu no Brasil pelas mãos de um brasileiro. E logo rompeu fronteiras. Primeiro, foi estendido para outros países da América Latina. Neste mês, está sendo implantado nas unidades da divisão de Medical Systems, onde trabalham 62 mil pessoas. Finalmente, até meados de 2006, estará ao alcance de todos os 166 mil funcionários do grupo Philips, presentes em 62 países. “O programa chega à maioridade”, diz Turra.

Aos 38 anos, gaúcho de Santa Rosa, Turra é o “pai” do Ethics Line. Em 2000, quando chegou à filial brasileira da Philips, ele encontrou o embrião do que seria o Ethics Line. “Já tínhamos um código de conduta e canais para denúncias, como correio eletrônico e linhas telefônicas com secretária eletrônica”, conta ele. O problema: não funcionava. Nem sempre o denunciante fornecia informações suficientes sequer para o pontapé inicial em uma investigação. Mais: os funcionários temiam ser identificados - e o risco realmente existia. Diante dessa constatação, Turra desenhou um programa cujos principais atributos fossem a clareza e o sigilo das informações e o anonimato do denunciante. Em vez de correio eletrônico e linhas telefônicas, ele montou uma central de ouvidoria, com atendentes munidos de questionários para cada tipo de assunto e especialmente treinados para a função. Para torná-lo mais isento, o serviço foi entregue a uma empresa terceirizada de call center, localizada nos Estados Unidos. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias da semana. As denúncias podem ser feitas em 31 idiomas, incluindo até mesmo variações, como o português de Portugal e o do Brasil ou o espanhol da Espanha e o da América Latina. O funcionário só de identifica se quiser.

A denúncia é encaminhada para o compliance officer, um funcionário de cada divisão ou fábrica, responsável pela apuração dos fatos descritos. Só no Brasil, são 53 “detetives”. O relatório preparado por ele, com base na investigação, segue para um comitê revisor que pode reverter a decisão proposta pelo officer. A cada três meses, a cúpula mundial da corporação recebe um balanço do programa e os casos analisados. “A empresa já voltou atrás até mesmo num caso de demissão injusta”, diz Turra. Ainda há muito a avançar.

Por isso, a empresa colocou no ar uma campanha mundial para explicar o programa e incentivar a adesão a ele. A tarefa exigiu que a Grecco Comunicação, responsável pela campanha, estudasse hábitos e percepções de 60 povos, com o objetivo de garantir que a campanha “falasse” com as diferentes culturas. O programa pode trazer resultados significativos para a Philips. Segundo um estudo da Association of Certified Fraud Examiners, com base em 508 casos de fraudes, as companhias que investem em programas como o Ethics Line têm prejuízos médios com fraudes de US$ 56,6 mil ao ano, menos que a metade do rombo registrado em companhias que não adotam esse procedimento

Castro obtém gestão de TI

Gazeta Mercantil - 11 de Abril de 2006 - A prefeitura de Castro, no Paraná,
registrou um salto de qualidade no gerenciamento de suas finanças.
"Controlar o orçamento é essencial para fazer qualquer compra, pela
exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou o diretor de
tecnologia da informação, Anderson Franco.

Para atender às demandas da cidade, a Brasil Telecom, formatou uma parceria
com a Microsiga para construir uma solução específica de software.

"Foi construída uma plataforma que reuniu o sistema de gestão (ERP) público
padrão com algumas ferramentas sob medida", afirmou o técnico. O sistema tem
20 módulos, que cobrem as áreas de compras, contabilidade, arrecadação,
orçamento e recursos humanos, incluindo a confecção da folha de pagamento,
além do posto médico, cuja organização evita que se formem filas para o
atendimento. Tudo ao custo mensal de R$ 8 mil, incluindo a hospedagem de
dados.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)((T.C.))

segunda-feira, abril 10, 2006

Juiz encerra caso contra O Código Da Vinci

"Segundo o juiz, mesmo que Dan Brown tenha copiado alguns temas, eles são
muito generalizados para serem objeto de proteção pela lei de direito
autoral."

É aquele negócio: se você copia de um, é plágio. Se copia de vários é
pesquisa...

http://www.omelete.com.br/games/news/base_para_news.asp?artigo=17359