quarta-feira, janeiro 04, 2006

Brasil é o décimo país mais atrativo para offshore

Quarta-feira, 28 de dezembro de 2005 - 19h34 - Paulo Silvestre, do Plantão INFO
SÃO PAULO – Levantamento da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação) aponta o Brasil como o décimo país mais atrativo para serviços de offshore.

Offshore é o nome dado ao processo em que grandes empresas, localizadas normalmente em países desenvolvidos, repassam atividades da sua área de TI para outras empresas, localizadas normalmente em países em desenvolvimento, mas com estabilidade política, econômica e mão de obra qualificada. Graças à evolução da internet, isso viabilizou a execução das mesmas tarefas sem perda de qualidade perceptível e com grandes ganhos (principalmente pela mão-de-obra mais barata nos países de destino).

Realizado em parceria com órgãos do governo federal e da consultoria AT Kearney, o documento da Brasscom posiciona o Brasil atrás de Índia, China, Malásia e Filipinas.

A Índia, grande nome do offshore, aparece como líder mundial. Seus principais atrativos são o baixo custo e mão-de-obra qualificada em quantidade. A China vem logo atrás, como grande mercado doméstico e com elevado potencial de exportação, além de ser um local com grande interação com multinacionais.

O Brasil é colocado como representante do grupo daqueles que brigam para se tornar uma das alternativas preferenciais, justamente um dos objetivos da Brasscom. O documento sugere que o país melhore a qualidade de seus recursos e atue nas percepções negativas sobre a estabilidade de seus negócios.

O relatório explica que Chile, Tailândia e Canadá ampliaram seus esforços para o fornecimento de serviços e com isso, melhoraram seu desempenho. Nessas regiões os governos têm tomado atitudes para melhorar suas condições, como iniciativas de treinamento e educação e melhorias no ambiente de trabalho.

O setor brasileiro de software e serviços de TI movimenta US$ 7,7 bilhões em média, o que corresponde a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o estudo. Ele é concentrado principalmente em 13 grandes empresas nacionais e internacionais, que respondem por 52% do total. As 39 empresas listadas como de médio porte ficam com 23%, enquanto as 3.213 pequenas e micro empresas correspondem a 25% do mercado.


Nenhum comentário: